quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Seriesholic - Once Upon a Time

Vamos colocar ordem nessa bagaça? Meu blog tá criando teias de aranha...Shame on me.
Cada ano que passa, os seriados americanos ficam mais e mais populares. Muitos deles chegam a durar décadas, outros ficam no ar por apenas uma temporada. Ao contrário do Brasil, que o roteiro das novelas é principalmente voltado para o público feminino (e muitas vezes com conteúdos repetitivos), os seriados americanos têm um mercado enorme com variações de estilo – desde seriados de terror aos melosos água-com-açúcar, dos reality shows aos investigativos/documentários, esses últimos normalmente voltados para o núcleo paranormal. CBS, Warner, Universal e HBO são alguns dos canais que mais lucram com seriados. Pessoalmente, eu acompanho várias. Sou uma seriesholic, e com orgulho. Desde quando meus pais assinaram Sky, não há um dia que eu não assista pelo menos um episódio de algum seriado. 
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Depois de bater a cabeça por alguns dias sobre o que escrever, eu resolvi fazer uma série de cinco posts sobre meus cinco seriados favoritos que ainda estão no ar. De repente, eu posso até fazer um post sobre seriados que já terminara, ou que foram cancelados, que eu também acompanhei. São seriados conhecidos, mas que nem todo mundo assiste porque são um pouco modinha. Por exemplo, o seriado que eu vou começar falando hoje. 
Once Upon a Time
“Era uma vez”, o nome do seriado em português, conta a história da Branca de Neve numa versão mil vezes melhor do que a da Disney. Na trama, a Rainha Má – invejosa e cheia de recalque – joga uma maldição em todos na Floresta Encantada, porque ela se recusa a aceitar que a Branca de Neve e o Príncipe Encantado tenham vencido e viveriam felizes para sempre. Essa maldição mandaria todos para uma terra sem magia, em que viveriam infelizes por toda a eternidade, sem suas memórias, presos no tempo. A única pessoa que seria capaz de quebrar a maldição é a filha da Branca de Neve, Emma, ao completar vinte e oito anos, e que teria que ser mandada com sua mãe para a terra sem magia em questão antes de a maldição atingir a Floresta. Branca seria mandada ainda grávida por um portal criado por Gepeto e a Fada Azul, mas ela entra em trabalho de parto na hora H e a bebê é mandada sozinha para a Terra.
Confuso, né? Mas a história é muito boa, apesar de ter os seus momentos.
Emma Swan, vivida pela antiga Cameron no seriado House, Jennifer Morrison, é arrastada para a cidade de Storybrooke, no Maine, por um menino que afirma ser seu filho há muito dado para a adoção. Henry (Jared Gilmore), seu filho biológico, lhe conta uma história louca sobre ela ser a heroína da pequena cidade, em que todos são personagens de contos de fadas. Cética, mas preocupada com a saúde mental do menino, ela decide ficar na cidade por um tempo, a contra gosto da mãe adotiva e prefeita da cidade, Regina Mills (Lana Parilla). De acordo com Henry, Regina seria a Rainha Má, por isso a queria bem longe de Storybrooke. Mesmo não acreditando, Emma decide ir na do menino e, fingindo que tudo aquilo não é loucura, ajuda-o a identificar as pessoas da cidade como personagens de contos de fada. Por exemplo, o psicólogo da cidade Archie (Raphael Sbarge) seria o Grilo Falante; a professora de Henry, Mary Margaret (Ginnifer Goodwin), seria Branca de Neve, e o dono da penhoraria - e também agiota -, Sr Gold (Robert Carlyle), seria Rumpelstiltskin.
Eu amo esse seriado porque ele entrelaça as histórias de contos de fadas em uma só seqüência de eventos. Fica um pouco confuso, porque os episódios vão e vem no tempo, e entre as dimensões, Terra e Floresta Encantada, pra poder explicar as histórias das personagens, mas se você pegar desde o começo, você não se perde. O seriado não carece de personagens carismáticas, como Henry, e nem de criatividade – porque, quem diria que a Fera, da Bela e a Fera, seria Rumpelstiltskin, e que fora ele quem arrancou a mão do Capitão Gancho?
Durante os primeiros episódios, fica aquela coisa de ‘será que não é só invenção mesmo?’, o que deixa a gente louco pra descobrir se tudo não passa da imaginação de uma criança solitária, mas então eventos estranhos começam a acontecer em Storybrooke, e quando você perceber, já vai estar fisgado na trama.
Pra quem não gosta muito de seriados, ou pra quem não tem tempo ou acesso aos episódios, a escritora Odette Beane passou a história da TV para as páginas de um livro. ‘A Once Upon a Time Tale: O Despertar’ é quase tão bom quanto o seriado, perdendo alguns pontos só porque a história é contada apenas do ponto de vista da Emma e da Branca de Neve. O seriado conta melhor a história das personagens e tudo o mais, e o livro explica melhor os conflitos que a Emma passa na cidadezinha. Tanto um quanto o outro valem muito a pena, e eu não me arrependo de ter descoberto mais esse mundo mágico. 

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