quarta-feira, 23 de maio de 2012

Dorgas. Pois é.


Certo, eu sei que tem gente que quer me matar, porque eu prometi esse texto em fevereiro. E nós já estamos em maio. Mas, tudo bem, podem me estrangular depois que lerem esse texto.

Tem gente que diz que vícios não são bons. As pessoas vêem a palavra ‘vicio’ como sinônimo de coisa ruim. Por exemplo, se eu disser pra vocês que eu sou viciada em jogos, aposto que, na sua mente, você está pensando em jogos de aposta, Hipercap, bingo e Jogo do Bicho.

Não vou dizer pra vocês que ser viciado em alguma coisa é bom. Nunca é. Como costumam dizer, tudo em excesso faz mal, e não estou falando de hábitos alimentares. Não é bom ser viciado em dietas e academia tampouco. A minha irmã passou por uma fase meio esquisita, em que ela era viciada nos pés dela. Nada contra, mas esse vício veio acompanhado pela sua vontade louca e insaciável de comprar sapatos. Meus pobres e coitados All Stars perderam espaço no nosso armário conjunto para os seus scarpins. Hoje? Bem... Eu guardo meus tênis debaixo do meu guarda-roupas ¹. E o meu vizinho é viciado em cachorros. Viciado em ter cachorros. Porque ele tem oito. E eles brigam, latem e choram  a noite toda. Daqui alguns dias, eu vou começar a latir.

Mas, do outro lado da moeda, tem coisas que não tem mal nenhum em ser viciado. Eu, pelo menos, não vejo mal ser viciado em cuidar de si. E eu não to falando de ser viciado em dietas e academia, como eu citei acima. Não é necessariamente ser viciada em cuidar da sua aparência física, é ser viciada em si mesma, e cuidar de si mesma com carinho, cuidar a sua essência. To falando da mente e da alma. Coisas que fazem você ser você. Não faz mal ser viciado nisso.

Também não faz mal você ser viciado em música, ou em filmes. Contanto que não atrapalhe outra pessoa, não tem nada melhor do que ser viciado em música e filmes. Diz, tem coisa mais gostosa do que você chegar em casa cansado do trabalho e colocar aquele seu CD favorito pra tocar?

Eu acho que, contanto que você não se prejudique – sendo usuário de drogas, cigarro, ou viciado em bebidas, jogos de azar que podem te levar a ter algumas dividas com pessoas não-tão-confiáveis-quanto-parecem, ou qualquer outro tipo de vício ruim – nada é melhor do que se viciar nas melhores coisas da vida.
Então, foda-se. Seja um viciado. Vicie-se em coca-cola, em chicletes, em bolachas! Vicie-se em esmaltes, brincos, colares, vicie-se em cortar e pintar os cabelos, em fazer maquiagens que outras pessoas normalmente nunca usariam – ou maquiagens simples, tanto faz. Seja viciado em tirar fotos ridículas dos amigos, ou em sair com os amigos pra fazer essas coisas ridículas, ou simplesmente seja viciado em seus amigos.Vicie-se em escrever textos, trechos de poemas estranhos, ou em simplesmente rabiscar um pedaço de papel enquanto fala no telefone. Vicie-se em Chico Buarque, ou em Oswaldo Montenegro, vicie-se em Marilyn Monroe! Vicie-se em Michel Teló ou Gustavo Lima (mas não escute essas merdas perto de mim, obrigada). Vicie-se em sorrisos, em fazer os outros rirem.

Não tem nenhum mal em ser viciado nessas coisas.



E quanto ao meu vicio de jogos? Releva, eu sou viciada em The Sims e Angry Birds. Ah, e em quebra-cabeças. Também sou viciada em música, filmes, maquiagens, esmaltes e em livros. Me processe.

¹Atenção: foda-se a nova regra gramatical.

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